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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Sou um mau exemplo

É o que dizem no trabalho. Que sou um mau exemplo. Motivo: como o que tenho vontade e faço o que tenho vontade. Mas daí, pensando bem, não dá a impressão assim de que eu sou na verdade um ótimo exemplo? rs

Vejam bem, obesidade é doença e foi meu fantasma por muito tempo. Agora, finalmente, me livrei dela. Mas nos meus termos: devagar e sempre. Porque, a essa altura do campeonato eu já acumulei experiência o bastante para saber que dietas restritivas funcionam a curto prazo. O que eu estou tentando conquistar é uma mudança gradual e definitiva. Não vou largar o regime milagroso assim que perder 10 kgs. Ao invés, estou mudando meu jeito de comer para encontrar o meu corpo ideal e este será meu jeito de comer para sempre.

E busco o corpo ideal para mim. O corpo em que me sinta bem, e não o determinado por alguma matemática burra, ou enfiado goela abaixo por um bando de fashionistas misóginos. Por que pra mim, a moça da esquerda, com suas muitas curvas será sempre mil vezes mais bonita do que a da direita com seus ossinhos.



E se vou mudar meu jeito de comer para sempre, não posso fugir do que gosto. Preciso, na verdade, aprender a conviver com os prazeres, sem cometer excessos. E é aí que o povo do trabalho simplesmente não me entende...

Eles não entendem que eu compre chocolate e deixe na mesa. Eles não entendem que eu saia para comer massa, feijoada, churrasco, fast food. Porque para eles essas coisas são sinônimo de pé na jaca. O que ninguém presta atenção é que eu como 1 quadradinho do chocolate por dia. Que eu não limpo o prato: só como o bastante para me satisfazer. A fome e a vontade.

Hoje tentei explicar isso e não consegui. Acho na verdade que nem adianta. O povo está na pegada em que eu me encontrava há uns 15 anos, fazendo dieta da lua, do sol, das estrelas, dos liquidos, dos solidos, dos gasosos, do abacaxi, da sopa, qualquer coisa que me desse o corpo perfeito. Ah, a idade... ela quase sempre enche o saco, mas a experiência que vem com ela compensa.

Graças a experiência, descobri que não quero perfeição. Quero felicidade. Mesmo porque a busca pela perfeição leva aquelas monstruosidades de botox e pernas de He-Man, na obsessão por uma vida sem nenhuma ruga e zero celulite. Não,não quero estas pernas:



Meu rosto hoje não é o mesmo de quando eu tinha 20 anos e ainda bem, ou eu seria ridícula. Hoje tenho marcas. Poucas, mas tenho, e cada uma delas conta uma história. Cada uma delas é prova de que não passei a vida incólume, mergulhada em loção antiidade. Tenho um plano para vida e ele é bem simples: viver.

A vida é curta e deve ser bem vivida. Gosto de viver e gosto de ter prazer. Gosto de comer bem, de ver coisas bonitas, de ouvir coisas agradáveis e de fazer coisas interessantes. O mundo anda bem feio, com pessoas egoístas e solitárias então, onde eu puder cavar um pequeno prazer, sim, vou cavar, vou pegar com minhas duas mãos e vou me deliciar,deixando inclusive o caldinho escorrer pelos cotovelos. Pode ter certeza.

E quando o tempo passar e a Idade chegar, ela vai me encontrar assim, se Deus quiser:

2 comentários:

Anônimo disse...

bad company, como eles dizem lá hauhauh boa kelly, beijuss, cesar do work

Anônimo disse...

Kelly... nao é mau exemplo é má influencia...rsrsrs eu só fiquei triste por voce nao ter mencionado a dieta do frango...kkkkk,abs, Bruno