Bom, vamos a sopa:
Tudo começa com um caldo, feito com água, hondashi (um caldinho em pó que você acha em qualquer supermercado), shoyu e legumes. Meus favoritos são bardana e cenoura, mas na falta da bardana foi um shitake que tava dando mole na geladeira. Mas, na boa, só cenoura funciona, abobrinha funciona, vagem idem. O importante é não colocar carne neste caldo, porque senão na geladeira acaba formando uma camada de gordura e/ou gelatininha que não apetecem. Quantidades e proporções, fico devendo porque nunca meço nada quando faço este caldo. Mas não tem segredo: a coisa é visual e depende do gosto de cada um. Coloque shoyu até ficar com uma agradável cor dourada. Hondashi, um envelopinho. Legumes, a vontade, picados bem fininho. Os ingredientes são tão gostosos que não tem como ficar ruim. Vai com fé.


Enquanto o caldo vai fervendo em fogo baixo e tomando gosto, cozinhamos o macarrão. Aí cabe uma ressalva. Para a sopa gelada, gosto do macarrão fininho, de somen. Só que não tinha na despensa, então fui do mais grossinho, de udon. É o mesmo macarrão, só muda o formato. De novo, super fácil de acahr em qualquer supermercado. Se estiver difícil de achar, pergunte pro primeiro japonês que passar na sua frente. Ele vai saber.
E é só cozinhar como qualquer outro macarrão. Só não adicione sal nem óleo, se você faz isso com seu espaguete de domingo.
Quando estiver pronto, escorra a água quente e encha a panela de água fria (de preferência gelada).


Bote tudo na geladeira e vá cuidar da vida. Na hora de comer, monte sua tigelinha assim: um punhado de macarrão escorrido, misturinhas e uma concha do caldo com legumes. Misturinhas são qualquer coisa que você tiver em casa e apetecer no momento. Pode ser carne grelhada em lasquinhas. Cebolinha picadinha. Tofu em cubinhos. Omelete em tirinhas. Deixe sua criatividade falar alto. O meu foi de frango grelhado, pepino e cebolinha.
Fácil, rápido, leve, nutritivo, refrescante e saboroso.
E, o melhor, pode ser feito com antecedência.
