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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Eneagrama - Tipo 1: Que lindo, tudo certinho!

Bom, antes de começar a falar sobre o tipo 1, preciso explicar melhor algumas coisas.
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Primeiro, cada pessoa pertence a um tipo. Somente um. "Ah, mas na minha vida profissional eu sou mais competitiva, na minha família eu sou mais cordata, tenho certeza que não posso ser do mesmo tipo nas duas circunstâncias...". Na verdade o que acontece é que, quando você está em equilíbrio você tem um pouco de cada tipo em suas atitudes. Além disso, você pode ter um toque de um determinado tipo em certos setores de sua vida. Eu, por exemplo, embora seja 6, tenho muito de 1 quando exerço o papel de mãe (tadinhos dos meus filhos....). Mas não se iluda, seu tipo é somente um e ele se manifesta mais claramente quando você está em crise. É o chamado "pecado" ou "paixão" do tipo. Eu, particularmente gosto de chamar de paixão porque emburrece, cega e a gente ainda acha legal e quer mais.
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Resumindo, profissionalmente você pode ser mais competitivo, na vida familiar você pode ser mais passivo/pacífico, morando no Brasil você é mais expansivo, quando se mudou pro Japão se tornou mais introspectivo, sente-se inibido e intimidado quando fala em público, mas super confiante falando para poucas pessoas, enfim, você se comporta e se sente diferente em situações diversas. Mas lá no fundo, suas motivações são sempre as mesmas bem como sua paixão.
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Preciso também falar dos centros de energia. Temos 3 centros: o mental ou da cabeça, o emocional ou do coração e o instintivo ou das entranhas. Cada tipo pertence a um centro e cada centro contempla três tipos.
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E agora, que já irritei os Uns, que gostam de tudo organizadinho e na ordem certa, vamos começar.
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O Um pertence ao centro instintivo, sua emoção é a raiva e ela é interiorizada.
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O Um é um perfeccionista. Para ele existe apenas um jeito certo de viver e sentir e é o jeito dele. O erro o incomoda. Muito. O erro deve ser apontado e corrigido. Como seu ponto de vista é o certo, os outros devem obedecer, seguir o exemplo. Como isso não acontece, surge a raiva, os jogos de poder, de rejeição e culpa.
O Um pode parecer um tirano e é, quando está em crise. Mas a maior vítima desta tirania é ele próprio. Quando ele consegue lidar com a crise de forma sábia, surgem suas maravilhosas qualidades de serenidade, igualdade e perfeição natural.
Para o Um, todos são iguais.
As regras devem ser seguidas.
A beleza está na ordem.
Deus está na organização.
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Eu disse antes que quando exerço o papel de mãe eu sou meio 1. Aliás, sou bem 1. Mas o que engatilha meus ataques de Um é o medo que o Seis sente (do qual vou falar depois). O medo de não passar valores corretamente, de não educar de forma apropriada, de estar sendo negligente ou indulgente demais com as crianças. Daí, me refugio na ordem, na perfeição, na severidade, nas regras do Um. São ações Um, motivadas pela crise do Seis.
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Viu como sou fácil de conviver?

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