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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Eu uso óculos!

Quando eu tinha 11 anos recebi uma péssima notícia: eu era míope e tinha que usar óculos. Claro, que isso foi uma tragédia na minha cabeça pré-adolescente. Era muita sacanagem do universo: eu era baixinha, gordinha, cdf e... quatro olhos! O que mais meu Deus, o que mais!

Cheguei a cogitar não usar os tais óculos. Ter dores de cabeça excruciantes não parecia uma alternativa tão ruim assim, considerando as gozações na hora do recreio e os apelidos... Mas, enfim, vencida pela dor, capitulei. Que venham os óculos....

E durante muitos anos esta foi a minha postura com relação aos óculos: negação. Procurava os óculos mais discretinhos, transparentes e fininhos, na esperança de que eles sumissem no meu rosto e ninguém percebesse que eu os usava. O resultado era que eu sempre ficava com cara de bibliotecária. Durante um tempo tentei as lentes, mas odiei. Me incomodavam horrivelmente.

Demorou muito, muito mesmo para eu perceber meu erro: óculos muito discretos são mais conservadores e, portanto, acabam "envelhecendo" e pesando no visual.

Devagarinho, comecei a tentar óculos mais marcantes. E me apaixonei. Óculos começaram a virar mania. Se antes eu tinha um óculos oficial e um velhinho guardado de step, hoje tenho três que eu adoro e mudo de acordo com meu estado de espírito. Olha eles aí:


O de baixo é o mais velhinho e meu favorito. O do meio tem um detalhe no formato da lente que não aparece na foto, mas que dá um ar mais modernoso, além de ser leve e confortável. E o de cima é minha aquisição mais recente: uma armação de tartaruga, com apoio de nariz, uma raridade... e enquanto escrevo estas linhas, continuo pensando numa armação linda que vi estes dias, parecida com a de baixo, só que lilás. Aiaiai...

Hoje, se eu não precisasse mais usar óculos, provavelmente colocaria lentes falsas nos meus e continuaria a usá-los.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Lá da Venda

Hoje almocei um lugar tão gostoso, comi tão bem e fiquei tão feliz. Só fiquei triste por ter esquecido minha câmera.... paciência, vou ter que voltar lá para fotografar....
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O lugar é o Lá da Venda, na Vila Madalena. Depois de me perder e dar duas voltas e meia no mundo (Por que as placas de nomes de rua são tão invisíveis? Por que colocam o nome da praça ao invés do nome da rua? Por que, meu Deus, por que????)... cheguei. Entrei e olhei ao redor. Pensei devo ter me perdido feio mesmo, porque com certeza fui parar em uma vendinha do interior.
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Alpargatas com solado de sisal, baleiros cheios de bala 7 Belo e chupetinhas vermelhas, bolos caseiros, sacolas de lona e de vime, panelas e canecas esmaltadas, balagandãs....
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Fui andando e no fundo da venda tinha um quintal coberto, com mesinhas simpáticas e paredes cobertas de latas com plantas.
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Sentei, pedi o prato mas, rebelde que sou, comecei pela sobremesa: um maravilhoso sorvete caseiro de baunilha de verdade. Em seguida veio um pastelzinho caipira com massa de milho e recheio de carne. Daí, o robalo grelhado perfeito, com espuma de gengibre, com legumes, arroz orgânico e saladinha. Tudo delicioso.
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Na saída, parei para um cafezinho e fiquei de olho gordo num lindo pudim de tapioca. Adivinha: pedi a dita cuja pra viagem.
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Amei. Um restaurante de comida de alma. Saí de lá com vontade de voltar e provar o strogonoff com batatas rústicas. O picadinho com ovo frito. O nhoque de semolina. A moquequinha de rio. Ah, o creme de manga. A goiabada cascão com queijo da Serra da Canastra. O pão de queijo! Acho que vou lá agora!

Lá da Venda - Rua Harmonia, 161.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

72 horas


Contém um spoiler fraquinho, embore não conte o final do filme.

Não, não é uma maratona de 3 episódios de 24 horas. Também não é um filme com 3 jéquisbauers.
É um filme tenso, cheio de suspense, no qual há uma identificação imediata com os personagens. Difícil não sentir o desespero deles. Difícil não torcer por eles.

John é umprofessor universitário que vive um casamento perfeito com Lara. Eles têm um filho, Luke e parecem uma daquelas famílias de comercial de margarina.

Um dia, Lara briga com a chefe. Como no dia seguinte a tal é encontrada morta, com o crânio amassado por um extintor de incêndio e Lara foi vista saindo da cena do crime, ela é presa, acusada de assassinato. Depois de 3 anos de recursos, tentando provar sua inocência de todas as formas, os recursos se esgotam e o veredito definitivo é ‘culpada’. Em seguida recebem a notícia de que Lara será transferida para uma penitenciária estadual em 3 dias (as tais 72 horas do filme).

Esta é, na minha opinião, a única grande bola fora do filme: a inconsistência da prisão de Lara. Olha só, e isso é que dá ficar assistindo Law and Order: ela brigou com a chefe, as impressões digitais foram encontradas na arma do crime e tinha uma mancha de sangue (o mesmo da vítima) no casaco de Lara. Quase dá pra ver o promotor Jack McCoy balançando a cabeça e dizendo aos investigadores: “circunstancial, preciso de mais provas, ou de uma confissão....”. Primeiro, todo mundo briga com o chefe em algum momento da vida. Segundo, todas estas provas só mostram que Lara esteve no local do crime, o que era de se esperar, já que o crime ocorreu na garagem da empresa em que ela trabalhava. Impressões digitais na arma do crime seria algo significativo se a arma fosse um revólver ou faca. Mas era um extintor. Qualquer um podia ter segurado o extintor. Aliás, imagina a quantidade de impressões que devem ter achado. Todas impressões de suspeitos em potencial.O sangue no casaco pode ter pingado da arma do crime, que foi segurado por Lara como mostram suas impressões, sem que ela tivesse visto (vamos lembrar que extintores costumam ser vermelhos, cor que camufla o sangue). Enfim, qualquer adevogadozinho xinfrim teria livrado Lara.

Mas, vamos abstrair deste detalhe porque o resto da história é muito bom. Movido pelo desespero, John, um pacato professor universitário, monta um plano de fuga após um breve mentoring com um ex-fugitivo (Liam Neeson). Ele conta também com a valiosa ajuda do YouTube, em vídeos em que se ensina como fazer uma chave falsa, ou arrombar um carro.
Passo a passo, ele vai adentrando o mundo do crime, descobrindo com traficantes onde e como conseguir documentos falsos, arranjando dinheiro para a fuga, etc. Engraçado, porque John apresenta as mesmas dúvidas que uma pessoa como nós, que vive uma vidinha pacata, teria nas mesmas cirscunstâncias.

Passei o filme inteiro tensa, torcendo por John. Bom, muito bom.
Viu como não contei o final?


E taí o McCoy: "Circunstancial, circunstancial..."

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Então, né...

Bom, festas, né. Acabou sendo torta de frango na minha mãe e peito de peru recheado na casa da minha sogra no Natal. Sobremesa: Pudim de chocolate com creme nas duas. Fotos? Necas. Nenhum dos meus pratos ficou fotogênico. Ficaram bons (não ótimos, dessa vez fiquei devendo....droga) mas não bonitos, lindões, como eu gosto e como deve ser. Achei que mereciam ser degustados, mas não fotografados. Então.... é isso.
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Tentei as tais rabanadas de forno. Sabe que ficaram boas? Sabor de rabanada, gostinho de infância e sem melequeira no fogão... gostei muito. Só achei que não era sobremesa. Estava mais pra um lanchinho, sacumé... Por isso o pudim de chocolate.
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No Ano Novo me saí um pouquinho melhor. Minha mãe assou um leitão, então achei que não tinha lugar para mais carne. Investi então numa linda salada de lentinhas vermelhas com pistaches e numa saladona verde ultra-mega-blaster com tudo no mundo que possa ficar bom com folhas fresquinhas. Na minha sogra, assei umas costelinhas de porco. Sobremesa: Sorvete de creme com brigadeiro em ambas as casas. Dessa vez os pratos ficaram muito bons e lindos, mas não fotografei porque não deu tempo.... hehehe
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