Michael Jackson morreu. E qual a surpresa? Com tanta esquisitice, tantas manias e neuroses acho até que demorou.
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Se lamento? Sinceramente, não. Não o conhecia, oras. E como artista, eu lamentei foi há muito tempo, quando ficou claro que o artista genial havia sido consumido pela pessoa atormentada e nunca mais haveria outro disco decente depois de Thriller.
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Lamentei quando vi que o garotinho fofo, que cantava e dançava não existia mais. E que aquele rapaz bonito não ia se tornar um homem bonito. Ao invés, estava lentamente se transformando em uma criatura bizarra, assustadora, desfigurada. E que não havia um amigo ao lado dele que pudesse lhe dar alguma noção.
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Vendo toda esta comoção em torno da morte dele, me lembro de "Necrofilia da Arte", do Pato Fu, que fala sobre a nossa fixação pelos ídolos que se foram. Pois duvido que haveria tanto blablabla em torno da nova turne que estava por vir.
Vendo toda esta comoção em torno da morte dele, me lembro de "Necrofilia da Arte", do Pato Fu, que fala sobre a nossa fixação pelos ídolos que se foram. Pois duvido que haveria tanto blablabla em torno da nova turne que estava por vir.
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Foto de Esteban Felix/AP - Fonte: UOL Notícias
Golpe em Honduras. Isto parece saído de algum livro de história. Não deveria acontecer agora. Não deveria acontecer nunca mais. O que, combinado com os protestos no Irã, me trazem a nítida impressão de ter caído em alguma máquina do tempo e voltado para os anos 70/80.
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Mas, fecho este "post mix" com algum otimismo. Há alguns dias voltei a acreditar no futuro da humanidade e quero manter este pensamento.
Mas, fecho este "post mix" com algum otimismo. Há alguns dias voltei a acreditar no futuro da humanidade e quero manter este pensamento.
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Foi aniversário de minha filha e fizemos uma festinha no salão de festas do prédio, só para reunir os amiguinhos da escola. Algumas crianças do condomínio estavam rondando, olhando interessadas e eu as chamei. Elas foram chamar um outro menino, que estava mais afastado. O menino, muito sério, respondeu baixinho: "não posso ir, pois não fui convidado". Pode? Aquele pirralho era mil vezes mais educado que muito marmanjo que eu conheço.
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Daí, fui lá chamar o menino. E ele, sacando que era um convite "por educação", afinal, não o conheço e nem ele conhecia a aniversariante, deu uma desculpa e, educadamente, declinou!
Inacreditável!
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Mais tarde, minha sobrinha se assustou com o palhaço e saiu chorando. Um outro menininho, de 6 anos, virou-se muito enfezado para o palhaço e foi defender a menina que ele nunca tinha visto antes. "Você fez ela chorar! Ela é pequenininha! Não pode!". Indignadíssimo, ele não se omitiu, ao contrário do que se acostumaram a fazer os adultos.
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O show de palhaços foi o de sempre: 2 palhaços, um tentando enganar o outro. Ao final, alguém perguntou a minha filha se ela tinha gostado e ela respondeu que não. Por que? E ela, seríssima: "É só mentira, mentira e mentira! Não gostei!".
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Educação, respeito, coragem, compaixão, amor pela verdade. É impressão, ou esta geração está muito mais bem equipada que a minha?
Inacreditável!
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Mais tarde, minha sobrinha se assustou com o palhaço e saiu chorando. Um outro menininho, de 6 anos, virou-se muito enfezado para o palhaço e foi defender a menina que ele nunca tinha visto antes. "Você fez ela chorar! Ela é pequenininha! Não pode!". Indignadíssimo, ele não se omitiu, ao contrário do que se acostumaram a fazer os adultos.
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O show de palhaços foi o de sempre: 2 palhaços, um tentando enganar o outro. Ao final, alguém perguntou a minha filha se ela tinha gostado e ela respondeu que não. Por que? E ela, seríssima: "É só mentira, mentira e mentira! Não gostei!".
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Educação, respeito, coragem, compaixão, amor pela verdade. É impressão, ou esta geração está muito mais bem equipada que a minha?

Um comentário:
p.s: e a mesma pequena sobrinha que saiu aos prantos por causa do susto do palhaço...no final da noite, analisou os dois " figurantes" (agora já sem a fantasia) e comentou: "ah, eles já se trocaram, agora não tenho mais medo"...e ela só tem 2 anos...nem tentem enganá-los!
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