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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

72 horas


Contém um spoiler fraquinho, embore não conte o final do filme.

Não, não é uma maratona de 3 episódios de 24 horas. Também não é um filme com 3 jéquisbauers.
É um filme tenso, cheio de suspense, no qual há uma identificação imediata com os personagens. Difícil não sentir o desespero deles. Difícil não torcer por eles.

John é umprofessor universitário que vive um casamento perfeito com Lara. Eles têm um filho, Luke e parecem uma daquelas famílias de comercial de margarina.

Um dia, Lara briga com a chefe. Como no dia seguinte a tal é encontrada morta, com o crânio amassado por um extintor de incêndio e Lara foi vista saindo da cena do crime, ela é presa, acusada de assassinato. Depois de 3 anos de recursos, tentando provar sua inocência de todas as formas, os recursos se esgotam e o veredito definitivo é ‘culpada’. Em seguida recebem a notícia de que Lara será transferida para uma penitenciária estadual em 3 dias (as tais 72 horas do filme).

Esta é, na minha opinião, a única grande bola fora do filme: a inconsistência da prisão de Lara. Olha só, e isso é que dá ficar assistindo Law and Order: ela brigou com a chefe, as impressões digitais foram encontradas na arma do crime e tinha uma mancha de sangue (o mesmo da vítima) no casaco de Lara. Quase dá pra ver o promotor Jack McCoy balançando a cabeça e dizendo aos investigadores: “circunstancial, preciso de mais provas, ou de uma confissão....”. Primeiro, todo mundo briga com o chefe em algum momento da vida. Segundo, todas estas provas só mostram que Lara esteve no local do crime, o que era de se esperar, já que o crime ocorreu na garagem da empresa em que ela trabalhava. Impressões digitais na arma do crime seria algo significativo se a arma fosse um revólver ou faca. Mas era um extintor. Qualquer um podia ter segurado o extintor. Aliás, imagina a quantidade de impressões que devem ter achado. Todas impressões de suspeitos em potencial.O sangue no casaco pode ter pingado da arma do crime, que foi segurado por Lara como mostram suas impressões, sem que ela tivesse visto (vamos lembrar que extintores costumam ser vermelhos, cor que camufla o sangue). Enfim, qualquer adevogadozinho xinfrim teria livrado Lara.

Mas, vamos abstrair deste detalhe porque o resto da história é muito bom. Movido pelo desespero, John, um pacato professor universitário, monta um plano de fuga após um breve mentoring com um ex-fugitivo (Liam Neeson). Ele conta também com a valiosa ajuda do YouTube, em vídeos em que se ensina como fazer uma chave falsa, ou arrombar um carro.
Passo a passo, ele vai adentrando o mundo do crime, descobrindo com traficantes onde e como conseguir documentos falsos, arranjando dinheiro para a fuga, etc. Engraçado, porque John apresenta as mesmas dúvidas que uma pessoa como nós, que vive uma vidinha pacata, teria nas mesmas cirscunstâncias.

Passei o filme inteiro tensa, torcendo por John. Bom, muito bom.
Viu como não contei o final?


E taí o McCoy: "Circunstancial, circunstancial..."

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