Pages

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Porque gosto de futebol americano.


Lucas Oil Stadium:gigantesco, coberto, climatizado.

Nunca fui uma pessoa muito esportiva. Sempre passei raspando em educação física. Odeio suar. Sou uma perfeita pata choca sem qualquer noção de espaço. Sou capaz de marcar gol contra e ainda ficar comemorando. Sempre fui uma péssima jogadora: de vôlei, de futebol, de basquete (hahahaha!), de tênis de mesa, de handebol. Ficava sempre por último nas escolhas de time. Conseguia ser escolhida depois do garoto perneta. E as vezes o time preferia jogar com um a menos mesmo.

Então vocês entendem que eu tenha desenvolvido uma certa implicância com esportes no geral. Penso sempre que o esporte em si, é uma coisa boa, mas em mim, não! Nunca entendi a graça de ficar sentada na frente da TV vendo gente correndo atrás de uma bola. Chaaaaaato.

Mas tudo mudou há alguns meses, quando descobri uma inusitada paixão por futebol americano. Paixão mesmo, das brabas. De ficar esperando o domingo pra assistir um jogo.De ficar pensando como vou sobreviver até o início da próxima temporada da NFL. E por que raios eu fui gostar de futebol americano, hein?
Algumas hipóteses:

1. Tem alguma coisa de muito legal em ver um monte de homens se empurrando e se jogando por cima uns dos outros. Litros de testosterona rolando. Não se vê isso todo dia.

2. Tem estratégia, parece uma guerra, só que sem mortes e sem (muito) sangue.

3. Acho que qualquer esporte em que os atletas usem capacete e protetor para os dentes merece respeito. Exceto automobilismo que é um porre de chatice.

4. É um esporte democrático: tem atletas altos e esguios, tem atletas baixinhos (baixinho neste caso é 1,85m, né) e velozes, tem atletas velozes e parrudos, tem atletas grandes e pesados, tem até atletas gordos! Cada um com sua função dentro do time.

5. Quando alguém marca falta é difícil de identificar o que aconteceu. Porque vale quase tudo. Vale agarrar, segurar pela roupa, agarrar as pernas, trombar de frente, abrir caminho a cabeçadas, empurrar, pular em cima. Daí, os caras simplesmente se levantam e saem correndo para continuar jogando. Enquanto isso, no velho soccer, o cara dá um esbarrão no outro e já se joga no chão pra cavar uma falta e fica lá uns 15 minutos caído, rolando, chorando. Eu hein!

6. Uma partida tem vários juízes e eles não se acanham em discutir o que aconteceu. Levam o tempo que acharem necessário. Se um dos técnicos discorda da decisão, o juiz assiste a filmagem para tirar a dúvida e decidir de forma correta.

7. O caminho para entrar no esporte é pela escola. Ser um bom jogador no time do colégio e da faculdade e ter boas notas. Não vou nem me estender neste quesito porque vai dar vontade de chorar. Acho que isso diz muita coisa. Diz pelo menos que o esporte não é conivente com a burrice e a ignorância.

E agora, estou tentando escolher um time pra chamar de meu. Já que não tenho uma hometown team, meus critérios são os mais relevantes: uniforme bonito, jogadores bonitos e nome bacana. Nesta ordem.

No quesito uniforme bonito ninguém bate o San Francisco 49ers. Vermelho e dourado! Que de quebra são as cores da Grifinória. Gosto também do New England Patriots, com seu azul e prata. Mas agora é modinha torcer pra eles por causa da Gisele Bunchen. Então não. Não curto modinha. Ah, e tem o New Orleans Saints, preto e dourado. Chiiiiique.

Já no quesito jogador bonito, é Tom Brady (New England Patriots), não tem pra ninguém. Mas de novo, modinha. Tem o Tim Tebow, do Denver Broncos, quintessência de bom-moço, cristão, virgem e bem intencionado.

Nomes bacanas: Seattle Seahawks, Pittsburgh Steelers, Denver Broncos, San Francisco 49ers e NY Giants.

Mas, analiso e analiso e continuo sem time. Acho que essas coisas são emocionais mesmo. Enquanto isso, continuo assistindo os jogos de forma quase neutra. Como fiz nos playoffs e ontem, no Superbowl.

Eu meio que torci por alguns times, mesmo sem saber o por que. Foi o caso do Baltimore Ravens e do 49ers. E pelo Giants, no Superbowl. Aliás, que espetáculo, o Superbowl. Tudo organizadíssimo, pontualíssimo, com um show do intervalo com a Madonna simplesmente irretocável.

Não foi uma mera final de campeonato. Foi um espetáculo, uma catarse. Pelo menos pra mim, foi. Acho que o primeiro Superbowl ninguém esquece.


Nenhum comentário: