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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Pureza e outras coisas que fazem falta

A gente não percebe como vive no automático e como segue scripts. Aliás, a gente jura que não segue scripts, que é autêntico e espontâneo. Então tá. Fui a apresentação de balé da escola da minha filha. Tinha de tudo, desde colegiais, que lógico, ficaram com os papéis principais com as coreografias mais complexas e trabalhadas até as pequenininhas, que apresentaram seus primeiros passos. Foi muito legal. Mas bacana, bacana mesmo, era ver a apresentação das pequenininhas, com seus pequenos acertos e muitos erros. Porque elas estavam simplesmente amando estar lá. Elas estavam se divertindo a beça. Elas não estavam preocupadas com a opinião alheia, ou com o contentamento da professora. Elas estavam só dançando. De forma verdadeira e sincera.

E não é isso que todo mundo devia fazer sempre? Divertir-se de verdade?

*

E uma grande e sábia e querida e admirada amiga me perguntou que mulher eu gostaria de ser, ou sinto que deveria ser. Hum. Pensei um pouco e logo me veio uma saudade ancestral de sentar numa roda com outras mulheres, cada qual com suas crianças ao redor, fiando, tecendo e contando histórias. Uma necessidade atávica de poder pedir ajuda, de poder contar, de oferecer apoio, de partilhar. Pensei logo numa querida comadre, daquelas que toca sua campainha no meio da tarde pra te convidar para tomar café com bolo. Pensei nessas pessoas incríveis que batem a porta do vizinho pra pedir emprestada uma xícara de açúcar e que, em compensação cuida do peixinho quando o vizinho viaja.

Tão fácil, tão difícil. Por quê, hein?

3 comentários:

Laíza disse...

concordo com você. tava pensando também por causa do post de uma amiga no blog dela, que a gente também se priva muito da própria companhia, sabe? estar só não é tão ruim. a gente precisa gostar de ficar consigo, de pensar sozinho, de discutir as coisas dentro de si, tanto pra se descobrir e basta só olhar pra dentro...

enfim! =]

vi seu link no digestivo, curti bastante seu blog. bem, esse texto. pq foi a única coisa que eu li. =]

abraço!

Anônimo disse...

Oi Laíza. Bem vinda!

Anônimo disse...

Concordo plenamente. O que eu não entendo no ser humano é que somos todos semelhante mais olhamos uns para os outros como se fossemos inimigos. Somos todos irmãos, estamos no mesmo barco e tudo mais.
Parabens.